Juristas debatem repressão de manifestações em Angola
Polícia e manifestantes em Luanda
Deputado do MPLA acusa opositores de ignorarem as leis e partidos da oposiçao de manipularem manifestantes.
Dois juristas angolanos criticaram asperamente as constantes
repressões de manifestações, afirmando que isso reflecte as tendências
totalitárias do Governo.
Em resposta, um deputado MPLA negou e acusou a oposição de querer manipular jovens e distorcer a lei angolana.
No último fim-de-semana a polícia voltou a impedir uma manifestação,
desta vez em Viana, convocada para protestar contra as condições de vida
nos musseques. Várias pessoas foram detidas por algumas horas e depois
libertadas, muitas delas a centenas de quilómetros de Luanda.
O jurista Pedro Kaparakata entende que o regime no poder não admite manifestações contrárias às suas posições.
"Manifestações sempre houve, só que a condição é que devem ser a
favor do partido no poder, fora disso não possível", disse o jurista
para quem os actuais dirigentes do país são um produto de uma era
totalitária e agem como tal.
"Não estamos a produzir outros homens diferentes dos actuais”, disse.
Essa opinião é partilhada por outro jurista e cientista político
Nelson Pestana para quem Angola vive “num sistema absolutista há muito
tempo e que vai provavelmente agora com a sucessão (do presidente
Eduardo dos Santos) através do filho transformar-se numa monarquia
absoluta”.
João Pinto deputado do MPLA
"Quer os juristas que aconselham quer os partidos políticos
interessados desconhecem as leis sobre esta matéria”, disse, afirmando
que há leis que regulamentam o direito à manifestação como leis sobre a
segurança nacional. “Acho que a polícia não tem atuado
desproporcionalmente, pode haver algum excesso de zelo", disse João
Pinto, que acusou também partidos políticos de promover e manip
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