Bairros periféricos do Uíge sem energia eléctrica e água
Uige
Residentes queixam-se de falta de saneamento básico e de promessas não cumpridas.
Moradores dos bairros periféricos da cidade capital da província do
Uíge continuam a queixar-se da falta de saneamento básico, água e ainda
de muitas dificuldades no fornecimento de energia eléctrica.
Várias zonas da periferia não beneficiam da actual rede eléctrica
proveniente da barragem deCcapanda na vizinha Província de Malanje.
Helena Paulo, moradora do distrito do Sagrada na regedoria do bairro-
Catapa no município do Uíge, lamentou à VOA o facto de ter de acordar
muito cedo todos os dias para buscar água noutros bairros.
“Nós aqui no Sagrada, não temos água, temos que comprar gasolina para
ligar geradores, se não tiver dinheiro ficamos na escuridão”, disse.
“Há tempos passaram por aqui dizendo que daqui a um tempo iriam fazer
a canalização e a ligação da energia e já se passou um ano e nada”,
reclamou a moradora.
No bairro Pedreira a situação não é diferente. De acordo com a
residente Angelina Feico a maior preocupação consiste na falta de
construção da estrada terciária que liga a zona urbana e a cidade
capital.
“Nesta época seca o que mais nos afecta é a poeira que tende nos
causar varias doenças respiratórias, como tosse e a gripe”, referiu.
No bairro Condo-Benz, na regedoria do bairro Paco-Benz, apesar da
falta de energia e água canalizada, os populares apontam a falta de um
posto médico como outra preocupação afirmando que têm que percorrer
quilómetros a pé à procura dos serviços primários de saúde.
Em alguns casos de gravidade, disseram residentes, os doentes não chegam ao Hospital Geral do Uíge e acabam por sucumbir.
“Mulheres gravidas podem dar luz pelo caminho já tivemos vários casos desse género”, afirmam populares.
Já no bairro Paco-Benze o Governo provincial, através do Fundo de
Apoio Social (FAS), construiu em 2010 um pequeno posto de saúde com a
capacidade de internamento e até ao momento continua de portas fechadas.
De recordar que a Província do Uíge beneficiou do apoio de alguns
projectos sociais financiados pelo Banco Mundial no ano passado com
realce para a distribuição da rede eléctrica e água potável, mas até
agora não satisfaz as necessidades da população.
A VOA contactou a administração municipal mais não tivemos qualquer reacção.
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