viernes, 29 de agosto de 2014

29.08.2014 - ANGOLA: EMPRESAS CHINESAS EXPLORAM MENORIDADES

Angola: Empresas chinesas exploram menores com idades escolares – denuncia JPA de Luanda

Luanda – O secretariado da provincial da Juventude Patriótica de Angola de Luanda manifestou-se preocupado – através de uma nota de imprensa a que o Club-K teve acesso, nesta quinta-feira (28/08) – pelo facto de vários cidadãos nacionais, menores de idades, serem explorados (feitos escravos) pelas empresas chinesas, vocacionadas ao fabrico de blocos de construção civil.

Fonte: Club-k.net
JPA Landa.jpg - 119.04 KBDentre as inúmeras empresas “infractoras” identificadas a nível da capital angolana, a JPA aponta o dedo a Jain Peng, localizada nas proximidades do centro comercial “Ginga Shopping”, em Viana, onde – tal como ilustram as imagens – são encontrada vários menores, com idades escolares, provenientes do interior do país, a trabalharem feitos escravos.

A nota rubricada pelo secretário provincial da JPA, Serafim Simeão, lembra que a Constituição da República de Angola proíbe no seu número 5 do artigo 80, o trabalho de menores em idade escolar.

“Este preceito constitucional é reforçado pelo número 1 do artigo 32 da Convenção das Nações Unidas, sobre s direitos da criança”, salienta a nota.

Nesta conformidade, a JPA – Luanda lança um apelo ao Instituto Nacional de Criança (INAC), as igrejas, as organizações não governamentais e ao Ministério da Administração Pública,Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) no sentido de inverter o quadro da atual situação.

Segue na íntegra a nota de JPA:

Convergência Ampla para Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE)
Secretariado Executivo Provincial de Luanda
Juventude Patriótica de Angola (JPA)

"ESCRAVIDÃO MODERNA"
Nós Juventude Patriótica de Angola, braço juvenil da CASA-CE em Luanda, manifestamos e condenamos veementemente a exploração da mão-de-obra infantil nas empresas chinesas, vocacionadas ao fabrico de blocos de construção civil, com principal incidência a empresa china JEN PENG localizada em Viana, nas proximidades do centro comercial Jinga Shopping.

A JPA em Luanda, como defensora e promotora da justiça social, recorda que estes actos de tortura e escravidão moderna no século XXI, em que são submetidos os cidadãos Angolanos menores de idade e não só, cuja maioria provenientes das províncias ao sul de Angola, são promovidos pelos cidadãos chineses com conivências claras de alguns angolanos ligados ao poder vigente e provisório.

Surpresa é, o Estado ser o primeiro defensor dos cidadãos nacionais e fazer vista grossa, e consentindo o adiamento da qualificação dos futuros quadros nacionais, matando precocemente a esperança de vida dos seus concidadãos.

A Constituição da República de Angola, proíbe nos termos do número 5 do artigo 80, o trabalho de menores em idade escolar. Este preceito constitucional e reforçado pelo numero 1 do artigo 32 da Convenção das Nações Unidas, sobre s direitos da criança.

Nesta conformidade a JPA-LUANDA, apela ao INAC, IGREJAS, ONG E MAPTSS,no sentido de inverter o quadro da atual situação.
“Todos por Angola e uma Angola para todos”

Luanda, aos 26 de Agosto de 2014

O Secretário Provincial da JPAClick to enlarge image escravidao-moderna4.jpg

29.08.2014 - ANGOLA: QUESTÂO DA NAÇÂO LUNDA TCHOKWE 1884 - 1885

PARTE II - A ORIGEM DA CHAMADA «QUESTÃO DA NAÇÃO LUNDA TCHOKWE 1885 – 1894»
2.- A CRIAÇÃO DO DISTRITO DO CUANGO ORIENTAL


2.1.- A DELIMITAÇÃO DE FRONTEIRAS NO CONGO E AS ESFERAS DE INFLUENCIAS DA AFRICA AUSTROCENTRAL



Andavam os comissários dos dois Governos (Portugal e Bélgica ou Estado do Leopoldo II) na tarefa da demarcação, sem bem se entenderem, quando, em 10 de Junho de 1890, HENRIQUE DE MACEDO PEREIRA COUTINHO, ministro de Portugal em Bruxelas, chamou a atenção de HINTZE RIBEIRO, ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, para o «importantíssimo facto político» que acaba de dar-se na Bélgica, qual era o de o presidente do Conselho de Ministros e ministro da Fazenda, BERNAERT, ter apresentado na Câmara dos Representantes, na sessão do dia anterior, um projecto de lei que punha à disposição do seu soberano rei uma quantiosa soma, que, por certo, iria utilizar para, «a título de exploração cientificas e antiescravistas, empreender uma activa e enérgica campanha de ocupação e posse nos territórios da África Central que demoram a leste da parte da nossa província de Angola, (TRATA-SE DA LUNDA, MUATIÂNVUA, REGIÃO DO ALTO KASSAI, etc.)»(11).



O conde de Macedo tinha razão. O rei dos Belgas deitou-se à obra de ocupar a LUNDA DO MUATIÂNVUA.



No dia 12 de Agosto de 1890, por telegrama enviado de Londres pelo ministro de Portugal naquela capital, BORJA DE FREITAS, soube-se em Lisboa que INDÉPENDANCE BELGE, jornal nitidamente ao serviço do Estado Independente do Congo, dizia que «O TRATADO DE 14 DE FEVEREIRO DE 1885 CELEBRADO EM BERLIM, DESIGNOU O CURSO DO CUANGO COMO FRONTEIRA RESPECTIVA ENTRE PORTUGAL E ESTADO INDEPENDE DO CONGO, que Muatiânvua formava o duodécimo distrito administrativo do Estado Independente do Congo, compreendendo os distritos administrativos do Cassai e Lualaba» (12).



AFFAIRES DU CONGO



«Le siécle a publié hier un entrefilet disant: qu’il serait question d’attribuer à L’Etat du Congo toule la region du Haut Kassai connue sous les noms Lunda ou Muta-Yamvo, qui figure sur les cartes portugaises comme appartenant à la colonie portugaise de Lianda.

Suivant nos renseignemants, la constatation du siécle ne révélé, a proprement dire, rien de nouveau et il est inexact de présenter comme un «agranddissement de L’Etat du Congo», L’etat de choses comprenant le territoire de Lunda, autrement dit le royaume de Mouata Yamvo, dans le teritoire de L’Etat Libre.

La traité du 14 février 1885, entre le Portugal et L’Association Internacionale africaine, ayant désigné le cours du Kouango comme frontiere respective du Portugal et de L’etat Libre du Congo, L’Etat Libre a toujours considéré la région indiquée par le Siécle commo comprise dans sa spéhré d’activité.

Et en fait, déjá organisée administrativement, cette region est devenue, sous le nom de «Kouango oriental», le douziéme district de L’Etat Libre. Le district en question s’étend entre le Kouango et les distrits du Kassai et de Loualaba. Le lieutenant Dhanis, qui avait déjà rempli plusieurs mission au Congo, en est nommé commissaire.»



A notícia causou em Portugal justificada perplexidade, mas não inteira sensação. Com efeito, em Fevereiro deste mesmo ano, VAN EETVELDE, numa conferencia que teve com o conde de Macedo, aproposito das negociações para a delimitação dos territórios onde o domínio efectivo dos dois Estados era reconhecido, lembrou a este a vantagem de aproveitar «a presença dos comissários de limites em África e a proficiência especial destes funcionários e o ensejo da realização da futura convenção de limites que naturalmente resultaria dos trabalhos destes (…)» (13), para discutirem «por esta ocasião submetendo-a à mesma ARBITRAGEM a definição das respectivas esferas de influências nos territórios adjacentes aos dois Estados, nos quais até então nenhuma POTÊNCIA EUROPEIA exercia soberania, cumprindo-se ou, para melhor dizer, aclarando-se assim o preceituado no n.º 8 do artigo 3.º da Convenção de 14 de Fevereiro de 1885 (14).



Em apoio desta sugestão, trouxe VAN EETVELDE à lembrança a abertura feita em Lisboa em Setembro ou Outubros de 1888 por AGOSTINHO DE ORNELAS a de GRELLE, ministro da Bélgica em Lisboa, sobre as «vantagens que para os dois países adviriam da mútua fixação dos seus domínios presentes e da área da sua futura expansão» (15), «afirmando que apesar de essa abertura ter encontrado então favorável acolhimento por parte do Rei Soberano, o governo de Portugal não dera mais andamento» (16).

FONTES:

(11) (12).- Livro Branco sobre a Questão da Lunda, docs n.º 2 e 3, p.7

(13).- AMNE – Caixa «Limites no Congo e na Lunda» maço n.º2, oficio reservado n.º 4-A, de 11 de Fevereiro de 1890, do conde de Macedo para o ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros.

(14).- Ibdem

(15).- Livro Branco sobre a Questão da Lunda, doc, n.º14, p.18.(No doc n.º 6, p.8, Hintze Ribeiro atribuiu a iniciativa dessa abertura ao administrador-geral dos Negócios Estrangeiros do Estado Independente do Congo). É manifesto engano, como declarou (doc, n.º14) Barbosa du Bocage e como afirmou na segunda sessão da conferência de Lisboa, de 25 de Fevereiro de 1891 (Doc, n.º 27, protocolo n.º2, p. 46) o delegado técnico do Estado Independente do Congo, Cuvelier.

(16).- AMNE – Caixa «Limites no Congo e na Lunda, maço n.º2, oficio reservado n.º 4-A, de 11 de Fevereiro de 1890, do conde de Macedo para o ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros.



O administrador-geral dos Negócios Estrangeiros do Estado Independente do Congo, insistindo em que ignorava as disposições do rei Leopoldo acercava do assunto, pediu ao conde de Macedo que sondasse particularmente a opinião do ministro dos Negócios Estrangeiros para assim apresentar a questão ao rei dos Belgas.



O conde de MACEDO prometeu fazer o pedido, e disse-lhe que, no seu modo de ver, e segundo a letra e claro espirito dos artigos 3.º e 4.º, a Convenção de 14 de Fevereiro de 1885 era única e exclusivamente uma convenção de limites ou fronteiras de territórios em que cada uma das partes exercia efectiva soberania e não um instrumento destinado a delimitar áreas ou esferas de influências; que o rio Cuango, indicado no n.º8.º do artigo 3.º dessa convenção como limite comum das possessões portuguesas e do Estado Independente do Congo, só podia atribuir-se, portanto, essa qualidade e título na pequeníssima parte do seu curso, em que de um lado dele demorava territórios sobre que o soberano do Estado Independente do Congo exercia soberania, nos termos precisos da demarcação e definição dos territórios do EIC feitas pela CONFERÊNCIA DE BERLIM DE 1884-1885.



Acrescentou o conde de Macedo que tanto do que ele, VAN EETVELDE, lhe dizia, como de palavras proferidas na Conferência antiescravista (17) por PRIMEZ 2.º plenipotenciário do EIC era fácil concluir que, na opinião de ambos, o Cuango era, segundo o n.º 8º do artigo 3.º da Convenção de 14 de Fevereiro de 1885, e em toda a extensão dele, não uma simples fronteira territorial mas um limite de esfera de influência entre Portugal e o EICongo.



Para o Estado Independente do Congo, por isso, qualquer ocupação portuguesa nos territórios da LUNDA constituía uma violação dessa Convenção.



E apressou-se a afirmar-lhe categoricamente que o Governo de Portugal dera mais de uma vez prova de que não aderia e nunca poderia aderir a tal interpretação. Por consequência, «qualquer convénio acerca de esferas de respectivas influências não poderia ser considerado pelo Governo Português como significando execução, aclaração ou modificação da Convenção de 14 de Fevereiro de 1885 e muito menos como uma cessão de direitos da parte do Governo do Estado Independente do Congo, senão como um acordo inteiramente novo que por nenhuma forma derivava de compromissos ou obrigações anteriores (18).



Então, VAN EETVELDE porfiou na vantagem de acordar-se neste objecto, que poderia em breve dar lugar a divergência entre os comissários de limites. O conde de Macedo acudiu, dizendo que os comissários não tinham cargo nem poderes para interpretar o alcance da Convenção discutida, senão a mera incumbência de marcar, sobre o terreno, os limites por ela fixados, sem inquirir se eles eram SIMPLES FRONTEIRAS TERRITORIAIS OU LINHAS DEFINITÓRIOS DE ESFERAS DE INFLUÊNCIAS, e lembrou que, sendo a fronteira de que se tratava um rio de curso estudado e conhecido, os comissários nem dele tinham de se ocupar (19).



De facto, os pontos a delimitar pelos comissários de limites eram precisos:



«1.º Os territórios de Cabinda e Molembo, isto é, Ponta Vermelha, confluência do Cula-Cala com o Lucula, Cabo Lombo e anexas linhas geográficas (Vide Tratado de 14 de Fevereiro de 1885 em Berlim).



2.º O rio de Uango-Uango e o paralelo de Nóqui.



3.º O talvegue do rio Zaire.» (20)



No dia 25 de Fevereiro do mesmo ano HINTZE RIBEIRO, em despacho para o conde de Macedo disse:



«1.º Que o Cuango só é limite dos territórios entre o paralelo de Nóqui e o de 6.º

2.º Que não é também, para o sul, limite das esferas de influência.

3.º Que queria primeiro ultimar a demarcação ajustada no terreno pelos territórios nomeados.»



E concluía assim:



«a) Desejamos a definição das esferas de influências de Portugal.

b) Só nos parece oportuno tratar esse assunto depois da demarcação.

c) Não julgamos que nas esferas de influência tenha cabimento a arbitragem internacional.» (21)

Até agosto o assunto ficou em poisio.



Fontes:

(17).- Protocolo n.º 6, p.92, linha 20 a 30

(18).- AMNE – Caixa «Limites no Congo e na Lunda», maço n.º2, oficio reservado n.º 4-A, de 11 de Fevereiro de 1890, do conde de Macedo para o ministro e Secretario de Estado dos Negócios Estrangeiros.

(19).- Ibidem

(20).- Livros Branco sobre a Questão da Lunda, doc.n.º 14, pp.19-20. Vid, também doc n.º 6, p.8

(21).- Ibidem





2.2.- O DECRETO DE 10 DE JUNHO DE 1890, A REAÇÃO PORTUGUESA E A IDEIA DE LEOPOLDO II DE UM ULTIMATUM A PORTUGAL



Neste mês (Agosto), porém, o BOLETIM OFICIAL do Estado Independente do Congo publicou no dia 9 o decreto assinado por Leopoldo II em 10 de Junho do mesmo ano de 1890 que criou «UNE DOUZIÈME DISTRICT, QUI PORTERA LE NOM DE DISTRICT DU KUANGO ORIENTAL. CE DISTRICT S’ÉTEND ENTRE LE KUANGO ET LES DISTRICTS DU KASSAI ET DU LUALABA» (22).





Logo que este decreto foi conhecido em Portugal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros movimentou os seus diplomatas, e, em 23 do mesmo mês, o conde de Macedo fez entrega na administração do Estado Independente do Congo de uma nota de protesto «em termos brandos» mas «bastantemente firme, em que sobre a forma de fundada esperança, formulava, aliás claramente, a exigência de Portugal no regresso ao STATUS QUO ANTE e na manutenção indefinida deste» (23).





«A moderação da fórmula e da linguagem em que entendeu dever traduzir o protesto de Portugal e reclamação teve principalmente em vista não prejudicar, criando ou aumentando irritações estranhas ao fundo da questão, alguma solução amigável e pacifica dela entre Portugal e o Estado Independente do Congo do Leopoldo II (…)» (24).





O protesto português exasperou LEOPOLDO II, que concebeu logo a ideia de um ULTIMATUM a Portugal, ao jeito de como fizera a Inglaterra.



E enviou LIEBRECHTS às docas de Londres para adquirir, por conta do Estado Independente do Congo, um Navio de Guerra abatido ao efectivo mas suficientemente armado para trazer a Lisboa o ultimatum sob a ameaça dos seus morteiros… (25).



Liebrechts vagueou pelas docas de Londrinas cautelosamente sem mostrar abertamente o fim da sua missão.



Ao cabo de oito dias encontrou nas docas de Poplar (26) um navio mais ou menos à feição, capaz de dar 14 nós, com armamento e munições, com uma equipagem completa, podendo aguentar-se no mar durante uma quinzena sem ser reabastecido.



Liebrechts, apesar de tudo, julgou-o insuficiente para a aventura, e comunicou para Bruxelas essa sua opinião. Não obstante, recebeu ordens de comprar o navio. Protestou e foi à capital belga para se justificar. Teve mau acolhimento, mas o bizarro projecto foi abandonado (27).



Fonte:

(22).- Livro Branco sobre a Questão da Lunda, docs n.º 7 e 8, p.9

(23).- Ibidem, doc n.º 11, p.10

(24).- Ibidem, idem, pp.10-11

(25).- CORNET, René J. – Katanga, pp. 292 e 298

(26).- Liebrechts fala de Popelear, mas deve querer dizer Poplar

(27).- DAYE, Pierre – Léopold II, pp.229-230



2.3.- A CAMINHO DA RECONCILIAÇÃO PORTUGAL E LEOPOLDO II



As iras do rei dos Belgas acalmaram-se, e à reclamação portuguesa que deu lugar o contencioso de Lisboa sobre a questão LUNDA de 1891 com termino em 1894, respondeu Van Eetvelde em nota n.º 1117, de 2 de Setembro, teimando na interpretação do Estado Independente do Congo e lembrando, em abono da sua opinião, a CARTA DE AFRICA MERIDIONAL, de 1886, da Comissão de Cartografia Portuguesa, a carta anexa aos protocolos da Conferência de Berlim 1884-1885, as cartas de KIÉPERT (Berlim 1885, 3.ª ed.), de JUSTUS PERTHES (Agosto de 1890), EDWARD STANFORD (Africa South of the Equator, Novembro de 1890), ROUVIER (1887), a última das quais atribuía ao Estado Independente do Congo a fronteira do Cuango, e as restantes davam este rio como limite de Angola. (28).





Na mesma nota, Van Eetvelde alvitrava se submetesse a pendência relativa aos territórios, mencionados no decreto de 10 de Junho, à arbitragem do Conselho Federal Suíço.



Com este alvitre não pode o Governo de Portugal concordar, porque «sempre estiveram esses sujeito ao IMPÉRIO DO MUATIÂNVUA, potentado Africano que desde longos anos manteve constantemente com Portugal AMIGÁVEIS RELAÇÕES, relações estas que haviam sido transformados em TRATADOS DE PROTECTORADO, cujo carácter melhor se definiu, e cuja intensidade subiu ao extremo por efeito da viagem essencialmente politica realizada pelo major do Exército Português Henrique Augusto Dias de Carvalho, nos anos de 1884 a 1888 – «Expedição Cientifica Portuguesa a Mussumba do Muatiânvua» - dizia em 29 de Novembro Barbosa du Bocage, então ministro dos Negócios Estrangeiros para o conde de Macedo (29).

Porque Portugal nunca teve por incluídos no Estado Independente do Congo os territórios agora em litígio, não poderia «considerar extensivo a eles o acordo celebrado em 7 de Fevereiro de 1885 em Berlim (…), para submeter à arbitragem do Conselho Federal Suíço as divergências que se suscitassem por ocasião de se executarem sobre o terreno os trabalhos de delimitação das possessões respectivas de Portugal na LUNDA e do Estado Independente do Congo» (30).



A posição de Portugal era, portanto, a de que a questão não cabia nos termos do acordo de 7 de Fevereiro, pois, para tal, «era preciso que ela nascesse e se deduzisse directamente dos termos da Convenção de 14 de Fevereiro de 1885 entre Portugal e Bélgica e ou o Estado Independente do Congo, até porque a Conferência de Berlim não havia tratado a situação dos territórios da Lunda, porque era ainda desconhecido o resultado do trabalho dos exploradores. E, com efeito, a declaração de neutralidade do Estado Independente do Congo, comunicada às Potências signatárias do ACTO GERAL DE BERLIM em 1 de Agosto de 1885, excluía das suas possessões RIOS E TODA A REGIÃO DA LUNDA (32).

Fonte

(28).- Livro Branco sobre a Questão da Lunda, doc n.º13, p.16

(29).- Ibidem, p.17

(30).- Ibidem, idem, p.17

(31).- Ibidem, idem, p.17

(32).- Vid.Cap.VI,pp.197 e segs

OBS:

PARTE III e final será dedicada a fixação das fronteiras do Zaire e na Lunda. O rotativismo dos partidos e a sociedade de geografia de Lisboa, para vermos depois o desenvolvimento da questão da Lunda 1890-1891 – este texto vem a propósito de comentários infundadas, pelas quais somos as vezes chamados de que os Lundas são tribalistas, racistas, alguns vão mais ao extremo de que somos separatistas. Certos leitores nunca leram o acto geral da Conferência de Berlim e emitem comentários que não vão ao encontro da letra e do espirito da conferência. Pois a Nação Lunda Tchokwe é Independente e não faz parte integrante de Angola.

29.08.2014 - ANGOLA: UNITA ACUSA BES DE SER BANCO DE FAMILIA DO REGIME EM ANGOLA

UNITA acusa BES de ser banco do regime em Angola
Lusa



UNITA acusa BES de ser banco do regime em Angola

O presidente da UNITA, maior partido da oposição angolana, classificou o "caso" Banco Espírito Santo Angola (BESA) como exemplo da utilização de fundos públicos para "actos ilícitos", questionando-se sobre o interesse de "tantos bancos" no país.

"O caso do BESA também levanta sérias questões sobre a integridade do sistema bancário angolano. Como perguntam os mais ingénuos: porque é que um país de desempregados, sub-empregados e de trabalhadores mal pagos que não fazem poupanças tem tantos bancos? O que atrai os bancos para Angola?" - questionou Isaías Samakuva.As dúvidas do líder do maior partido da oposição em Angola - numa alusão aos 25 bancos que operam no país - foram lançadas na intervenção de abertura da IV reunião, de dois dias, da comissão política da UNITA, que termina hoje em Luanda.

"São as oportunidades de ganhar dinheiro fácil através da delapidação do Tesouro Nacional? Será que os que governam o país precisam dos bancos internacionais, que são respeitados internacionalmente, para virem cá e receber o produto do roubo na forma de depósitos?" - interrogou-se ainda Samakuva, acusando o sistema bancário de não perguntar pela origem do dinheiro.

"Pegam numa parte desse dinheiro e distribuem a certas pessoas do regime. E outra parte entra em aviões para destinos desconhecidos. À distribuição que fazem chamam empréstimos, só que depois nunca mais pagam tais empréstimos", enfatizou.

Sobre o BESA, detido maioritariamente pelo Banco Espírito Santo português (55%) e agora sob intervenção do Banco Nacional de Angola, o líder da UNITA afirma que o "caso" constitui "um exemplo de como pessoas nas vestes de agentes do Estado [em Angola] utilizam os fundos públicos e a autoridade pública para actos ilícitos".

Aludindo ao crédito malparado naquele banco, que segundo a UNITA
poderá atingir os cinco mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros), Isaías Samakuva recordou que esses empréstimos, alegadamente sem garantias suficientes, serviram o interesse privado.

"Estes privados ficaram com o dinheiro, ficaram com as casas, ficaram com as empresas e não querem pagar", acusa, reclamando a constituição de uma comissão de parlamentar de inquérito, nomeadamente sobre a emissão de uma garantia soberana do Estado - cuja revogação foi entretanto anunciada pelo BNA - sobre estas dívidas.

"Quem fala do BESA, fala também dos buracos que existirão nos outros bancos e das lavagens de dinheiro aí praticadas. Todo o sistema
bancário está minado", afirma o líder da UNITA.

Retomando as críticas à liderança de José Eduardo dos Santos, Presidente da República eleito pelo MPLA, Samakuva afirma que "um grupo de predadores que se confunde com o Estado" e utiliza o sistema financeiro nacional "para executar operações ilícitas de branqueamento de capitais, enriquecimento ilícito e corrupção, dentro e fora de Angola".

"E a Justiça angolana mostra-se incapaz de investigar e julgar tais
crimes", remata.

29.08.2014 - ANGOLA: FÓRUM DE INTERVENÇÂO E CIDADANIA DESENCORAJA JOVENS

PRESENÇA DESTE CORRUPTO NO DITO FÓRUM DE INTERVENÇÃO E CIDADANIA DESENCORAJA JOVENS
Desculpe meu amigo, mas se são estes os personagens com que contam para a tal dita concertação, então não contem comigo como cidadão...


Por isso é que eu disse, para alguém liderar uma iniciativa destas e querer o apoio das outras pessoas, tem que ter estatura moral para o efeito...

O passado de corrupção, que pesa sobre o cara, ainda é bem recente na mente das pessoas. Portanto, se é um facto real ele se ter deixado corromper ou é uma acusações apenas, por aquilo que me consta, ainda nada ficou convenientemente esclarecido...


Esta iniciativa parece-me, que aparece mais por despeito, do que por vontade genuína de viabilizar o país.
Isto cheira - me mal...
Etu mudietu... Sds.




Por : Adalberto Bravo Da Costa através de Albano Pedro
Jovens angolanos criam Fórum de Intervenção e Cidadania



Mfuka Muzemba é um dos jovens envolvidos na criação do Fórum

Mfuka Muzemba é um dos jovens envolvidos na criação do Fórum

A decisão de criação do Fórum de Intervenção e Cidadania resultou da 1ª Conferência Nacional da Juventude organizada a 14 de Agosto na capital angolana.

Com o objectivo de influenciar a tomada de decisão no que as políticas versadas à juventude dizem respeito, nos próximos dias será apresentado oficialmente mais um novo espaço para discussão e apresentação de alternativas para os problemas da juventude angolana.
Jovens angolanos criam fórum de intervenção e cidadania

A decisão de criação do Fórum de Intervenção e Cidadania resultou da 1ª Conferência Nacional da Juventude organizada a 14 deste mês (Agosto) na capital angolana. A actividade decorreu sob a orientação de uma plataforma de jovens da sociedade civil na qual figuram Nfuca Muzemba, deputado à Assembleia Nacional pela UNITA (maior partido na oposição em Angola) e Walter Ferreira, estudante universitário. Dois rostos bem conhecidos no mosaico político e no activismo social angolano.

Preocupações como a ausência de um balanço a respeito do diálogo juvenil e de vários outros fóruns realizados em prol da juventude, motivaram a realização da 1ª conferência nacional.

De acordo com Nfuca Muzemba um ano é tempo suficiente para que se apresentem os resultados da auscultação dos jovens levada a cabo pelo governo angolano em todos os municípios do país.

O deputado entende que grande parte das iniciativas juvenis não é de inclusão e por esta razão não se traduzem em sucesso.

Segundo o dinamizador do projecto, outras preocupações da juventude foram identificadas dai a necessidade de criação de num novo espaço de intervenção e cidadania dos jovens para influenciar a tomada de decisão em falta, por parte do estado.

«Achamos nós interessante a necessidade criação de um espaço de intervenção e cidadania dos jovens como um meio de influenciar a tomada das decisões que andam em falta em torno das políticas juvenis do estado», assegurou o parlamentar.

Para ele de alguma forma precisa-se “pressionar as instituições vocacionadas à juventude no sentido de adoptarem medidas que visam necessariamente dar resposta imediata aos problemas que abalam os jovens no seu dia-a-dia”.

Volvido um ano após a sua realização o Diálogo Juvenil do ponto de vista prático não produziu qualquer efeito, apesar dos vários relatórios encaminhados ao governo central.

Estas são entre outras, as preocupações que por outro lado motivaram a organização da Conferência Nacional da Juventude e a liderança de um projecto de criação do Fórum de Intervenção e Cidadania.

Problemas como a falta de garantias do sonho da casa própria, o primeiro emprego, dificuldades de formação académica e técnico-profissional, o alcoolismo, a prostituição, o consumo de drogas enfermam a juventude De Angola. São preocupações como estas sobre as quais o Fórum de Intervenção e Cidadania vai debruçar e diante das autoridades pressionarem e discutirem as soluções que favoreçam a camada juvenil do estado angolano.

As situações precárias vividas pela juventude angolana, segundo o dinamizador do Fórum, é também resultado da ausência de uma intervenção mais firme da sociedade civil, daí que “seja necessário que se apresentem iniciativas diferentes, mas estas devem ser provenientes dos próprios jovens”.

A oficialização do Fórum de Intervenção e Cidadania está prevista para este mês.

O FIC será, de acordo com o seu dinamizador, um espaço apenas de carácter organizativo e institucional, sem pendor político-partidário e que visará somente restituir e garantir aos jovens os seus direitos e garantias fundamentais.

«Esta iniciativa é social, não tem cariz político-partidário. É a melhor forma que temos de contribuir para garantirmos a defesa e os direitos dos jovens que ora são violados, ora são garantidos», frisou.

Ainda não está claro como será sustentado este espaço do ponto de vista das finanças, mas Nfuca Muzemba está confiante que o fórum venha merecer o crédito e o consequente apoio de todos jovens angolanos.

«Queremos aceitar que os próprios jovens vão ter a amabilidade de contribuir porque vão se identificar com o projecto aprovado”. A causa é comum, é de todos independentemente da filiação político-partidária, da crença religiosa e do sexo. Aqui há uma causa comum que são os jovens angolanos. Queremos única e simplesmente garantir a defesa dos seus direitos, liberdades, garantias e interesses», concluiu

O Fórum de Intervenção e Cidadania surge numa altura os braços juvenis de vários partidos políticos na oposição têm sido criticados por terem recebido viaturas oferecidas pelo Ministério da Juventude e Desporto dirigido por Gonçalves Mwandumba.

O Jurista e docente universitário Albano Albano Pedro entende que os vários pólos juvenis, sejam políticos e da sociedade civil, alardeiam uma política viciada cada vez menos acolhida pelo povo. Para ele o que se precisa é uma nova estratégia que anime as novas perspectivas com uma visão menos unipolar.

Albano Pedro pensa também que o Fórum de Intervenção e Cidadania deverá avançar em concertações efectivas e ultrapassar a agenda dos partidos políticos em relação a juventude.

“Logo a seguir seria mesmo avançar para concertações efectivas para que a juventude tome rédeas da situação política actual que nós vivemos e na verdade se proponha a ultrapassar as agendas dos partidos políticos”, esclareceu.

A denominada 1ª Conferência Nacional da Juventude de onde surgiu a ideia de criação do Fórum de Intervenção e Cidadania reuniu à mesma mesa distintos membros da sociedade civil, políticos e académicos proveniente dos vários pontos do país com destaque para as províncias do Huambo e Benguela.

O músico MC K participou deste colóquio e disse ter saído com uma ideia positiva pelo facto de se colocar os jovens no centro das decisões, diferente de outros fóruns onde são os mais adultos a discutirem os problemas dos mais jovens sem a sua participação.

«Salienta-se o facto de terem sido jovens a criarem um espaço para os jovens debaterem”. Jovens a criarem um espaço para colocarem os jovens na decisão dos seus problemas. Jovens a criarem um espaço inclusivo de diálogo e de entendimento em relação aos problemas da juventude», explicou o músico cujos temas por si interpretados são maioritariamente de intervenção social.

Juelma Miguel é estudante universitária do Curso de Direito. Ela foi uma das delegadas provenientes da província do Huambo para participar na Conferência Nacional da Juventude.

A universitária disse que o espaço de debate foi útil para apresentação das questões que “pintam a negro” o quadro da situação dos jovens da província planáltica do Huambo.

A falta de oportunidade de formação e de emprego no Planalto central são as preocupações levantadas pela estudante universitária;

«Penso que com uma juventude formada teremos uma juventude sadia. Há carência de emprego (no Huambo) e cá estávamos a discutir algumas soluções que podem ajudar os jovens», disse

Durante o colóquio que inspirou o surgimento do FIC estiveram em debate temas como: A necessidade e os ganhos do diálogo juvenil, apresentado pelo Sociólogo e Jornalista João Paulo Ganga e O Compromisso da juventude para com a cidadania, dissertado pelo Jurista Albano Pedro.


29.08.2014 - ANGOLA: Empresários querem humanizar a actividade dos garimpeiros na Lunda Norte

Empresários querem humanizar a actividade dos garimpeiros na Lunda Norte

Coque Mukuta
A ideia passa por organizar os garimpeiros em cooperativas.

Mas de sete mil jovens participam em cada campo de exploração de diamantes na Lunda Norte, conhecidas como zonas de garimpo artesanal, uma forma de fazer frente à falta de emprego na província. Vários empresários querem agora humanizar a actividade do garimpo, começando por organizar os jovens em cooperativas.
Segundo Regeiro João Manuel, empresário que se dedica à compra, venda e exploração de diamantes, abrir escolas e o hospitais nas zonas de garimpo artesanal seria uma alternativas para valorizar a vida dos garimpeiros, além de ensiná-los a ler e escrever:
“O que nós queremos é que os garimpeiros, como já não são pessoas desocupadas, possam ter um emprego, uma ocupação para que contribuam para o desenvolvimento do nosso país. Então queremos antes identificar todos os garimpeiros e saber quantos são para inscreve-los nessas cooperativas”, disse Regeiro João Manuel.
Aquele empresário diz que a prioridade da humanização das actividades da exploração de diamante artesanal passa por organizar as cooperativas formadas há mais de um ano e colocar estruturas sociais junto das zonas de exploração diamantíferas:
“Numa primeira fase, as estruturas podem funcionar em pré-fabricados, de modo que sejam montadas e desmontadas facilmente, mas se houver boa vontade dos garimpeiros dentro de dois meses teremos bons avanços”, disse Regeiro João Manuel.
Há iniciativas semelhantes nas províncias de Malange e Bie.
De recordar que os garimpeiros são maioritariamente das zonas do Cuilo, Kaungula, Lubalo, Xá-Muteba e Capenda Camulemba.

29.08.2014 ANGOLA: Dezenas de imigrantes ilegais foram detidos pelas autoridades em Malanje

Dezenas de imigrantes ilegais foram detidos pelas autoridades em Malanje

Isaías Soares
A maioria é proveniente da RDC, país afectado pelo ébola.

Os efectivos da V Unidade da Polícia de Guarda Fronteiras em Malanje detiveram, durante o primeiro semestre deste ano, mais 80 cidadãos estrangeiros em situação migratória ilegal, anunciou o seu comandante José Chiunda Coragem.
 
Imigração ilegal em Malanje 
O responsável, que falava por ocasião das comemorações dos 36 anos da criação daquele ramo da Polícia Nacional, confirmou a notificação de 17 violações de fronteiras fluviais, “23 buscas e recolha dirigidas por permanência ilegal que resultaram na detenção de 88 cidadãos, dos quais 60 do sexo masculino e 28 do sexo feminino, todos da República da República Democrática do Congo”.
De Janeiro a Junho de 2014 os policias que controlam parte dos 147 quilómetros de fronteira fluvial com a República Democrática do Congo, a norte desta província, recuperaram equipamentos utilizados na exploração ilegal de diamantes, pesca e caça furtiva.
A província de Malanje, a julgar com o seu potencial mineral e a proximidade com a capital angolana, Luanda, é cobiçada por milhares de estrangeiros civis.

29.08.2014 - ANGOLA: Huíla: De campo de morte a terra de vida

Huíla: De campo de morte a terra de vida

Teodoro Albano
Mais um campo completametne desminado entregue à agricultura e habitação.

Um campo agrícola repleto de instrumentos de morte e destruição está agora a ser preparado para ser terra de vida e esperança na Huila.
 
Campo desminado é agora campo de vida 
O campo, completamente desminado, que agora vai servir a agricultura foi entregue recentemente no município de Caluquembe no interior da província da Huíla.
O campo com uma área de mais de 500 mil metros quadrados é o segundo entregue pela brigada local do Instituto de Desminagem de Angola (INAD) no espaço de um ano e está localizado na zona da Negola, sector do Kussesse.
O coordenador da brigada de desminagem, Bernardo Gonçalves, destacou o trabalho desenvolvido.
O administrador municipal de Caluquembe José Arão Chissonde disse que os campos libertados de minas estão a mudar a vida do município nos vários domínios.
No primeiro campo entregue está a ser erguido um projecto habitacional do Estado e infra-estruturas para a auto-construção dirigida. Quanto ao campo agora entregue, José Arão Chissonde refere que é uma mais-valia que vai dar um impulso no desenvolvimento do município potencialmente agrícola.
“A maior parte dos produtos que nós consumimos é resultante da agricultura e da pecuária. Isso só é possível se os campos ficarem livres de minas, possibilitando a livre circulação de pessoas e bensl”, disse
O norte e leste da província da Huíla, mormente os municípios de Caconda, Caluquembe, Chipindo e Kuvango, são descritos como sendo os mais minados na região por se tratar de zonas iminentemente agrícolas e terem servido de principais campos de batalha durante o conflito armado em Angola.

29.08.2014 - Angola e Brasil estendem visto de negócios para dois anos

Angola e Brasil estendem visto de negócios para dois anos

VOA Português
Angola contesta críticas sobre concessão de vistos a estrangeiros
Angola contesta críticas sobre concessão de vistos a estrangeiros

O acordo assinado entre os dois países prevê uma permanência máxima de 90 dias.
Os governos de Angola e Brasil acordaram atribuir vistos de dois anos aos seus cidadãos com permanências de até 90 dias.
Segundo decreto presidencial de 21 de Agosto publicado ontem, 28, no Diário da República de Angola, a medida visa “beneficiar a prospecção de mercado, reuniões de negócios, negociação de projectos de investimento ou viagens de empresários e quadros dirigentes.
Em Junho , os presidentes de Angola, José Eduardo dos Santos, e do Brasil, Dilma Roussef, assinaram um protocolo que visava a facilitação de vistos, e cujo primeiro passo é a concessão de vistos de dois anos.
Na ocasião, a presidente brasileira disse que "Brasil e Angola são países irmãos. Nós discutimos hoje como potencializar nossas relações de negócio. O visto de negócio terá duração de 24 meses".
Com esta medida os dois países pretendem promover o desenvolvimento dos laços sociais, económicos, culturais e de intercâmbio nos diversos domínios, no entanto, os beneficiados não poderão desenvolver qualquer actividade remunerada.
Angola e Brasil já possuem um acordo semelhante para vistos em passaportes diplomáticos e de serviço.

martes, 26 de agosto de 2014

26.08.2014 - ANGOLA: OPOSIÇÂO CRITICA LEI DA NACIONALIDADE PROPOSTA PELO PRESIDENTE

Angola: Oposição critica lei da nacionalidade proposta pelo presidente

Manuel José

Angola flgag bandeira
Angola flgag bandeira
Lei "discrimina" contra angolanos
Em Angola, partidos na oposição consideram proposta do presidente da republica de alteração a lei da nacionalidade um atentado á soberania do país.
A iniciativa legislativac do presidente da república foi submetida e aprovada na generalidade no parlamento angolano. A oposição chumbou o documento e considera que José Eduardo dos Santos atropelou uma vez mais a constituição do país.
"O senhor presidente José Eduardo dos Santos quer dar nacionalidade a todos estrangeiros que ele considerar que prestaram ou prestem relevantes serviços a pátria, quer dar nacionalidade a aqueles estrangeiros que torturaram e perseguiram angolanos durante o período da guerra fria," disse recentemente o líder da UNITA Isaías Samukva que diz ser um absurdo que o domínio do português seja condição para se adquirir a nacionalidade.
"O senhor presidente quer controlar a alteração subtil que vem fazendo da identidade cultural e social de Angola e quer mesmo alterar a demografia assim como fizeram os outros na América latina," acrescentou
Lindo Tito da bancada parlamentar da CASA-CE acha que a proposta de José Eduardo dos Santosé discriminatória.
"Esta iniciativa ao trazer o elemento do domínio da língua portuguesa, para se atribuir a nacionalidade angolana é uma discriminação negativa que a constituição condena”, disse.
“O que o presidente da republica está a fazer é subalternizar o poder da Assembleia Nacional a seu proveito e até condiciona-la", disse.
O porta-voz do PRS Joaquim Nafoia Acusou o presidente de violar a constituição.
"O presidente da república não deve incorrer permanentemente na violação da constituição, o Presidente não deve pensar que ele é a constituição, é a lei e não precisa cumpri-la", disse.
O jurista Pedro Kaparacata considera que o argumento da oposição é perda de tempo porque partindo a iniciativa do presidente da republica ou da Assembleia Nacional vai dar no mesmo.
"Nem vale a pena estarmos aqui a perder tempo se o estrangeiro vai ou não conseguir com facilidade adquirir a nacionalidade, o que está em causa aqui 'e a promiscuidade que vivemos, basta ver a quantidade de estrangeiros por todo território nacional, partindo deste alto grau de promiscuidade a nacionalidade vai ser adquirida por qualquer estrangeiro, este país há muito deixou de ter estado”, disse.
“Eu não sei se ainda temos soberania", acrescentou

26.08.2014 - ÉBOLA: O QUE É E QUAIS OS SINTOMAS?

Ébola, o que é e quais os sintomas?



Sintomas Ébola
Sintomas Ébola
Se contraído, o ébola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.
É uma febre hemorrágica
Actua fazendo as vítimas sangrar de quase todo o corpo. Normalmente as vítimas sangram até à morte.
É contagioso
Altamente contagioso, sendo transmitido através de contacto com fluídos corporais, tais como sangue, saliva, sémen ou fezes.
O ébola não está no ar.
Verdadeiramente mortal
Entre 60 a 90 por cento das pessoas que contraem morrem. É uma das doenças mais mortais do mundo, matando em apenas algumas semanas.
Ainda Não tem cura
O ébola não tem tratamento ou vacinas específicos
O tratamento padrão para a doença limita-se à terapia de apoio, que consiste em hidratar o paciente, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e tratar quaisquer infecções. Apesar das dificuldades para diagnosticar o Ebola nos estágios iniciais da doença, aqueles que apresentam os sintomas devem ser isolados e os profissionais de saúde pública notificados. A terapia de apoio pode continuar, desde que sejam utilizadas as vestimentas de proteção apropriadas até que amostras do paciente sejam testadas para confirmar a infecção.

26.08.2014 - ANGOLA: DETENIDOS 49 CERTIFICADOS FALSOS PROVENIENTES DO EX-INSTITUTO MÉDIO DE SAÚDE

Detectados 49 certificados falsos provenientes do ex-Instituto Médio de Saúde

Luanda - Cerca de 49 certificados falsos do Ex- Instituto Médio de Saúde de Luanda(IMS) foram detectados pela Inspecção Geral da saúde, segundo um documento distribuído esta terça-feira, 26, em Luanda, à imprensa.
Fonte: Angop
De acordo com o documento a averiguação feita foi através de um dossier da direcção nacional dos recursos humanos do Ministério da Saúde, onde se efectuou diligências que resultaram na detecção de certificados falsos.
“Sendo assim, em cumprimento do despacho do Ministro da Saúde remetido a inspecção-geral da saúde, através do ofício nº 403/GAB.MINSA/2011, os indivíduos constantes na relação não devem ser admitidos em nenhum órgão de sistema nacional de saúde”, lê-se.
Refere ainda que transcorridas as investigações administrativas, concluiu-se que os indivíduos mencionados nos quadros nº 1 e 2 são portadores de certidões e certificados falsos, pelo que tendo em conta o despacho do ministro da saúde de 14 de Maio de 2014, recaído sobre nota nº 124 e a luz da legislação vigente.
“Os mesmos ficam impedidos de concorrer para a promoção e ingresso como técnicos de enfermagem no sistema nacional e por todas entidades públicas e privadas que desenvolvam actividades de promoção, prevenção e tratamento na área de saúde e caso já pertençam ao quadro de funcionários, deve-se proceder a demissão imediata dos mesmos por questão de segurança”, exorta.

26.08.2014 - LISBOA: PETROLIFERA DE KOPELIPA E VICENTE EXCLUIDAS DO BLOCO 21/09

 Petrolifera de Kopelipa e Vicente excluídas do Bloco 21/09

Lisboa - A  Nazaki Oil and Gaz, S. A  uma petrolífera  conotada ao circulo presidencial angolano (Manuel Vicente e  “Kopelipa”)  foi  excluída recentemente  do Consórcio dos Blocos  21/09 e 9/09.  O mesmo procedimento determindo pelo Ministério dos Petróleos  aconteceu com a Falcon Oil Holding Angola S.A. do empresário António Mosquito,   excluída  do Contrato de Partilha de Produção do Bloco 18/06).
Fonte: Club-k.net
A Nazaki Oil and Gaz, S. A estava autorizada, desde Fevereiro de 2013  a proceder à cessão de parte da sua participação associativa, correspondente a 15% (quinze por cento), no Contrato de Serviços com Risco do Bloco 21/09, à Sonangol Pesquisa e Produção, S. A. (Sonangol P&P).
Estava também autorizada a ceder parte da sua participação associativa, correspondente a 15% no Contrato de Serviços com Risco do Bloco 9/09, à Sonangol Pesquisa e Produção, S. A., nos termos do acordo de cessão entre si celebrado.
Ligação com a Cobalt e as suspeitas de  corrupção
Até Maio de 2013, a  Nazaki Oil & Gaz era  detida, em partes iguais, para além de Manuel Vicente, por Manuel Helder Vieira Dias “Kopelipa”, ministro de Estado da Casa Militar do Presidente José Eduardo dos Santos, e pelo general Leopoldino Fragoso do Nascimento, consultor de Kopelipa.
Na altura, estatal angolana Sonangol anunciou que iria comprar parte da participação que a Nazaki, sociedade do vice-Presidente do país, Manuel Vicente, e de outros altos dirigentes, tem num bloco de exploração petrolífera.
Apesar de ter, ligações a estas figuras próximas ao Presidente José Eduardo dos Santos, a Nazaki Oil and Gas,  é uma empresa parceira da norte-americana Cobalt International, que  ficou conhecida por  explorar  três blocos petrolíferos em conjunto com a Sonangol. A Cobalt, por sua vez, tem o Goldman Sachs entre os seus accionistas.
As autoridades norte-americanas têm vindo a investigar a Cobalt International por suspeita de suborno de altos quadros angolanos. As diligências partiram da SEC (a polícia da Bolsa dos EUA) e do Departamento de Justiça e foram confirmadas pela Cobalt, com sede em Houston, a qual avisou em Fevereiro de 2011 os seus accionistas de que estava a ser investigada no âmbito das leis anti-corrupção norte-americanas. 

26.08.2014 - ANGOLA: JOVENS CRIAM FÓRUM DE INTERVENÇÂO E CIDADANIA

 Jovens angolanos criam Fórum de Intervenção e Cidadania

Luanda - Com o objectivo de influenciar a tomada de decisão no que as políticas versadas à juventude dizem respeito, nos próximos dias será apresentado oficialmente mais um novo espaço para discussão e apresentação de alternativas para os problemas da juventude angolana.
Fonte: VOA
mfuka muzemba.jpg - 33.90 KBA decisão de criação do Fórum de Intervenção e Cidadania resultou da 1ª Conferência Nacional da Juventude organizada a 14 deste mês (Agosto) na capital angolana. A actividade decorreu sob a orientação de uma plataforma de jovens da sociedade civil na qual figuram Nfuca Muzemba, deputado à Assembleia Nacional pela UNITA (maior partido na oposição em Angola) e Walter Ferreira, estudante universitário. Dois rostos bem conhecidos no mosaico político e no activismo social angolano.
Preocupações como a ausência de um balanço a respeito do diálogo juvenil e de vários outros fóruns realizados em prol da juventude, motivaram a realização da 1ª conferência nacional.
De acordo com Nfuca Muzemba um ano é tempo suficiente para que se apresentem os resultados da auscultação dos jovens levada a cabo pelo governo angolano em todos os municípios do país.
O deputado entende que grande parte das iniciativas juvenis não é de inclusão e por esta razão não se traduzem em sucesso.
Segundo o dinamizador do projecto, outras preocupações da juventude foram identificadas dai a necessidade de criação de num novo espaço de intervenção e cidadania dos jovens para influenciar a tomada de decisão em falta, por parte do estado.
«Achamos nós interessante a necessidade criação de um espaço de intervenção e cidadania dos jovens como um meio de influenciar a tomada das decisões que andam em falta em torno das políticas juvenis do estado», assegurou o parlamentar.
Para ele de alguma forma precisa-se “pressionar as instituições vocacionadas à juventude no sentido de adoptarem medidas que visam necessariamente dar resposta imediata aos problemas que abalam os jovens no seu dia-a-dia”.
Volvido um ano após a sua realização o Diálogo Juvenil do ponto de vista prático não produziu qualquer efeito, apesar dos vários relatórios encaminhados ao governo central.
Estas são entre outras, as preocupações que por outro lado motivaram a organização da Conferência Nacional da Juventude e a liderança de um projecto de criação do Fórum de Intervenção e Cidadania.
Problemas como a falta de garantias do sonho da casa própria, o primeiro emprego, dificuldades de formação académica e técnico-profissional, o alcoolismo, a prostituição, o consumo de drogas enfermam a juventude De Angola. São preocupações como estas sobre as quais o Fórum de Intervenção e Cidadania vai debruçar e diante das autoridades pressionarem e discutirem as soluções que favoreçam a camada juvenil do estado angolano.
As situações precárias vividas pela juventude angolana, segundo o dinamizador do Fórum, é também resultado da ausência de uma intervenção mais firme da sociedade civil, daí que “seja necessário que se apresentem iniciativas diferentes, mas estas devem ser provenientes dos próprios jovens”.
A oficialização do Fórum de Intervenção e Cidadania está prevista para este mês.
O FIC será, de acordo com o seu dinamizador, um espaço apenas de carácter organizativo e institucional, sem pendor político-partidário e que visará somente restituir e garantir aos jovens os seus direitos e garantias fundamentais.
«Esta iniciativa é social, não tem cariz político-partidário. É a melhor forma que temos de contribuir para garantirmos a defesa e os direitos dos jovens que ora são violados, ora são garantidos», frisou.
Ainda não está claro como será sustentado este espaço do ponto de vista das finanças, mas Nfuca Muzemba está confiante que o fórum venha merecer o crédito e o consequente apoio de todos jovens angolanos.
«Queremos aceitar que os próprios jovens vão ter a amabilidade de contribuir porque vão se identificar com o projecto aprovado”. A causa é comum, é de todos independentemente da filiação político-partidária, da crença religiosa e do sexo. Aqui há uma causa comum que são os jovens angolanos. Queremos única e simplesmente garantir a defesa dos seus direitos, liberdades, garantias e interesses», concluiu
O Fórum de Intervenção e Cidadania surge numa altura os braços juvenis de vários partidos políticos na oposição têm sido criticados por terem recebido viaturas oferecidas pelo Ministério da Juventude e Desporto dirigido por Gonçalves Mwandumba.
O Jurista e docente universitário Albano Albano Pedro entende que os vários pólos juvenis, sejam políticos e da sociedade civil, alardeiam uma política viciada cada vez menos acolhida pelo povo. Para ele o que se precisa é uma nova estratégia que anime as novas perspectivas com uma visão menos unipolar.
Albano Pedro pensa também que o Fórum de Intervenção e Cidadania deverá avançar em concertações efectivas e ultrapassar a agenda dos partidos políticos em relação a juventude.
“Logo a seguir seria mesmo avançar para concertações efectivas para que a juventude tome rédeas da situação política actual que nós vivemos e na verdade se proponha a ultrapassar as agendas dos partidos políticos”, esclareceu.
A denominada 1ª Conferência Nacional da Juventude de onde surgiu a ideia de criação do Fórum de Intervenção e Cidadania reuniu à mesma mesa distintos membros da sociedade civil, políticos e académicos proveniente dos vários pontos do país com destaque para as províncias do Huambo e Benguela.
O músico MC K participou deste colóquio e disse ter saído com uma ideia positiva pelo facto de se colocar os jovens no centro das decisões, diferente de outros fóruns onde são os mais adultos a discutirem os problemas dos mais jovens sem a sua participação.
«Salienta-se o facto de terem sido jovens a criarem um espaço para os jovens debaterem”. Jovens a criarem um espaço para colocarem os jovens na decisão dos seus problemas. Jovens a criarem um espaço inclusivo de diálogo e de entendimento em relação aos problemas da juventude», explicou o músico cujos temas por si interpretados são maioritariamente de intervenção social.
Juelma Miguel é estudante universitária do Curso de Direito. Ela foi uma das delegadas provenientes da província do Huambo para participar na Conferência Nacional da Juventude.
A universitária disse que o espaço de debate foi útil para apresentação das questões que “pintam a negro” o quadro da situação dos jovens da província planáltica do Huambo.
A falta de oportunidade de formação e de emprego no Planalto central são as preocupações levantadas pela estudante universitária;
«Penso que com uma juventude formada teremos uma juventude sadia. Há carência de emprego (no Huambo) e cá estávamos a discutir algumas soluções que podem ajudar os jovens», disse
Durante o colóquio que inspirou o surgimento do FIC estiveram em debate temas como: A necessidade e os ganhos do diálogo juvenil, apresentado pelo Sociólogo e Jornalista João Paulo Ganga e O Compromisso da juventude para com a cidadania, dissertado pelo Jurista Albano Pedro.

26.08.2014 - ANGOLA: FNLA PROJECTA CONGRESSO DE RECONCILIAÇÂO EM JANEIRO PRÓXIMO

 FNLA projecta congresso de reconciliação em Janeiro

Luanda - Militantes da FNLA esperam que o partido ponha fim às divisões que o têm enfraquecido num congresso a realizar em Janeiro do próximo ano.
*Manuel José
Fonte: VOA
Esses militantes avisam que Lucas Ngonda e Ngola Kabango, que lideram facções diferentes do partido, poderão ter que dar lugar a novos dirigentes para garantir a unificação da FNLA.
“De 25 a 28 de Janeiro de 2015 realizar-se-á então esse tão esperado congresso que vai cimentar a unidade interna do partido", disse Fernando Gomes, um dos militantes envolvidos nos esforços de organização do congresso.
"Realizamos no mês passado o fórum que uniu pessoas com visões diferentes e avançamos com algumas propostas, para se acabar com os atritos que ainda se verificam no partido”, conta.
Gomes informou que vai ser criada a Comissão Preparatória do congresso que elegerá os órgãos de direcção da FNLA e advoga que “os dois protagonistas de toda esta desorganização interna do partido deviam tomar consciência de si próprios já que são a causa do conflito e deviam recuar para dar lugar a nova geração"
A FNLA está reduzida hoje a dois deputados na Assembleia Nacional.

26.08.2014 - ANGOLA: PGR ALMEJA CRIAÇÂO DE TRIBUNAIS DE EXECUÇÂO DE PENAS PARA FISCALIZAÇÂO

PGR almeja criação de Tribunais de Execução de Penas para fiscalização de condições carcerárias

Luanda - A Procuradoria Geral da República almeja que a curto e médio prazos, sejam criados Tribunais de Execução de Penas, com vista a monitorização e fiscalização das condições carcerárias dos reclusos e o cumprimento das penas, para o reforço dos Direitos Humanos em Angola.
Fonte: Angop
A afirmação é do procurador-geral da República, João Maria de Sousa, que discursava nesta segunda-feira, na abertura de um seminário sobre promoção e protecção dos Direitos Humanos para os órgãos da Polícia Nacional (PN), promovido pela PGR em parceria com o PNUD e que vai decorrer até ao dia 26 do corrente mês.
Segundo disse, a criação de Tribunais de Execução de Penas vai permirir que se criem estratégias integradas para o estabelecimento e o reforço da protecção dos direitos humanos no país, daí que, a PGR tem promovido seminários sobre protecção dos direitos humanos, para que seja uma realidade a criação destes tribunais.
Por outro lado, frisou que o Estado angolano incorporou no seu ordenamento jurídico interno, mediante ratificação, aos principais instrumentos jurídicos internacionais e garantia e protecção dos direitos humanos, participando activamente nos foros internacionais sobre a matéria.
“No entanto, mais deve ser feito, para que passemos do plano meramente legislativo, para a concretização dos direitos humanos que afinal são os meus, os vossos e os nossos direitos que nos tornam iguais na nossa humanidade”, sublinhou.
Constituem objectivos do seminário, transmitir e partilhar informações práticas sobre os direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais, assim como direitos difusos e colectivos consagrados na Constituição da República de Angola.
Visa de igual modo a difusão de informações e conhecimentos práticos sobre todos os instrumentos internacionais ratificados pelo Estado angolano, no âmbito dos direitos humanos, bem como reflectir sobre os princípios e regras para a protecção de todas as pessoas sujeitas à qualquer forma de detenção ou prisão.

26.08.2014 - ANGOLA: MPLA COM DIFICULDADES DE ALACANÇAR UM MILHÂO DE MILITANTES EM LUANDA

 MPLA com dificuldades de alcançar um milhão de militantes em Luanda

Luanda - O MPLA tem vindo   desde 2008, anunciar ser sua pretensão  alcançar “um milhão”  de militantes em Luanda.  Um cronologia baseada na retórica dos seus dirigentes revela que sempre que se esta em véspera de eleições,  o partido no poder anuncia  ter já “um milhão de militantes”, o que contradiz com outras comunicações publicas em que admitem ter controle de 900 militantes.
Fonte: Club-k.net
Contradições na retórica dos dirigentes
No dia 3 de Agosto de 2008, a agencia governamental angop, anunciou que o MPLA reuniu,  na zona habitacional do Zango, em Luanda, mais de um milhão de militantes, num acto de massas que encerraria  a pré-campanha eleitoral deste partido político.
Três anos depois,  isso é,  no dia 11 de Fevereiro de 2011, o  segundo secretário do MPLA, Jesuíno Silva (na foto) anunciou  que pretendia  atingir até Dezembro daquele ano, cerca de um milhão de militantes nas suas distintas estruturas.  Dizia que para tal, o partido iria  desencadear uma campanha especial de crescimento que envolveria  todas as suas estruturas, incluindo organizações, concretamente a OMA e a JMPLA.
O político  revelou, na altura,  que  o MPLA possuía  cerca de 910 mil militantes nas suas distintas estruturas, pelo que já não faltava  muito para atingir a cifra pretendida.
Um ano depois, isto é, em Agosto de 2012,  Jesuíno Silva anunciou novamente  que o MPLA iria reunir um milhão e quinhentos mil militantes, simpatizantes e amigos no Estádio 11 de Novembro para fazer uma grande festa de apoio à candidatura de José Eduardo dos Santos.
Ao fazer o anuncio, aparentemente para assustar os seus  adversários políticos, o dirigente do MPLA, terá esquecido que o Estádio “11 de Novembro” não tem capacidade para acolher um “milhão de pessoas”. A sua capacidade é apenas de 50 mil pessoas.  Conforme cálculos matemáticos, o MPLA precisaria 20 estádios  semelhantes  ao “11 de Novembro”  para acolher  os supostos  “um milhão de militantes” que dizia ter.
Diferente a retórica da véspera das eleições de 2012 que alegavam juntar “um milhão de militantes” em Luanda, o MPLA voltou a fazer um recuo na última quinta-feira (21). Novamente na voz do seu  segundo secretário provincial, Jesuíno Silva, o partido no poder anunciou  que cerca de novecentos mil militantes estão a ser controlados pelas estruturas do MPLA a nível da província de Luanda, no quadro do processo de revitalização em curso no partido.
Segundo o responsável, estima-se que o MPLA em Luanda tenha um milhão e cento e setenta e quatro mil militantes nos distintos municípios e, neste momento, trabalha-se no sentido de haver um maior controlo e envolvimento destes nas distintas actividades e estruturas partidárias.
“Falta-nos o controlo efectivo de cerca de trezentos mil e 64 militantes”, disse o político, para quem o processo de revitalização das estruturas do MPLA em Luanda deverá estar concluído até finais de Setembro do próximo. 

jueves, 21 de agosto de 2014

21.08.2014 - ANGOLA: NUMA NEGA TER CRITICADO SAMAKUVA

Numa nega ter criticado Samakuva

Manuel José
General Abilio Kamalata Numa,
General Abilio Kamalata Numa,

Questões partidárias foram analisadas "frontalmente" na reunião da comissão política.
O General Abílio Kamalata Numa negou notícias de que ele e outra proeminente figura da Unita Lukamba Gato teriam criticado a actuação do presidente Isaías Samakuva na liderança do partido.
 
Numa nega problemas com o presidente da UNITA 
As noticias ocorrem no dia em que encerrou em Luanda uma reunião de dois dias do órgão máximo da Unita, a Comissão Ppolítica.
Em entrevsita à VOA, Numa disse não saber de onde “terá saído esta ideia" mas afirmou não poder descartar que tudo possa ter partido do partido no poder, o MPLA.
"Estamos aqui numa actividade de concorrência entre MPLA e a Unita e é preciso estar sempre atento a isso”, disse afirmando que tendo em conta que o seu partido estava envolvido nestes dois últimos dias “numa actividade democrática … com certeza há sempre uma mão invisível que aparece, é o jogo político".
Numa disse ainda que na reunião da Comissão Política se tinham colocado “frontalmente os problemas do nosso partido”, mas acrescentou que o que apareceu publicado “ não me vincula”.

21.08.2014 - ANGOLA: OPOSIÇÂO ANGOLANA LAMENTA QUE PARLAMENTO NÂO TENHA APROVADO TRANSMISSÂO DOS DEBATES

Oposição angolana lamenta que parlamento não tenha aprovado transmissão dos debates

Coque Mukuta
PRS confiante que isso irá acontecer no próximo ano, enquanto Unita acusa a TPA de censurar declarações dos deputados da oposição.
Partidos da oposição angolana lamentaram que mais uma sessão legislativa tenha terminado sem acordo para a transmissão em directo dos debates.
 
Parlamento termina sessão sem acordo para transmissões em directo
Unita, Casa-CE, PRS e FNLA bateram-se insistentemente para a transmissão em directo dos debates paralamentares mas apesar dessa ofensiva da oposição tal não aconteceu durante o ano parlamentar que terminou na passada sexta-feira.
O MPLA e o presidente da Assembleia Nacional Fernando da Piedade Dias dos Santos, na discução das modalidades de transmissão dos debates com os líderes dos grupos parlamentares, alegaram constrangimentos técnicos, materiais e humanos ligados ao funcionamento da TV Parlamento. A maioria defende que as transmissões devem começar de forma gradual, o que também não aconteceu.
Benedito Daniel, presidente da bancada paralementar do PRS, mostra-se no entanto confiante em ter a transmissão dos debates no próximo ano parlamentar.
Por outro lado, Adalberto Costa Júnior, vice-presidente da bancada parlamentar da Unita, afirma ser esta uma das fragilidades do ano parlamentar que terminou.
O deputado da UNITA disse que na televisão publica angolana de momento nada passa sobre as intervenções dos partidos da oposição.
“É tudo censurado”, conclui Costa Júnior.

21.08.2014 - ANGOLA: CHIVUKUVUKU CRITICA ADMINISTRADORES DO NAMIBE

Chivukuvuku critica administradores do Namibe

Armando Chicoca
Abel Chivukuvuku, ao centro, no Namibe
Abel Chivukuvuku, ao centro, no Namibe
Dirigente da Casa-CE diz que alguns não têm cultura democrática.
O líder da Casa-CE Abel Chivukuvuku criticou o que disse ser a falta de prática democrática de alguns administradores na província do Namibe.
“Se há administradores que se comportam mal, a coisa lé em cima também não está boa”, disse Chivukuvuku no final de uma visita àquela província.
 
Chivukuvuku queixa-se de falta de democracia no Namibe
O presidente da Casa-CE apontou o dedo aos administradores dos municípios da Bibala “Mário Tyova, em exercício, e do Camucuio Manuel Sombo, afirmando que não têm a noção do que é ser um administrador municipal, assim como da cultura democrática.
“Aqui no Namibe, de uma forma geral, o ambiente precisa de ser melhorado em termos de democracia, em termos de liberdade”, disse afirmando que alguns administradores “confundem o duplo papel que eles exercem, o de administrador e o de primeiro secretário do partido maioritário”.
Já no município piscatório do Tombwa, o académico Tchindongo António é tido por Chivukuvuvo como sendo um dos administradores mais equilibrados.
“Devo reconhecer que já o administrador municipal do Tombwa, Tchindongo António tem alguma abertura, tem alguma noção de que o papel do administrador municipal é olhar para todos os angolanos da sua área de jurisdição sem partidarismo”, disse io dirigente da Casa-CE que afirmou que “nós também temos que ajudar os responsáveis da administração (já que) eles vieram do partido único e vão ter que aprender como se vive no multipartidarismo”.

Entradas populares

Entradas populares

Archivo del blog